The Crocodile Paradox

Cheguei à hora inversa das sinfonias toscas daquele outrora meu entardecer. 

Cheguei à praia fria de todos os gritos por versar, onde o vento não corre mas hesita,  para trás e para diante, num silvo de luz falsa que  me embala tanto quanto me atormenta. 

Cheguei ao limbo azedo e brando de cada meu contentamento, ao prenúncio da aurora que não consegui ver. E àquela  primavera antiga de perfume bizarro a frescor e bafio … que é ao que cheira a vida em cada prega do “ser-se neste mundo alguma coisa”. 

Cheguei a essa margem singular de absurdos….e ao chegar lá, parei. Como numa asfixia que se tenha porque se esqueceu de como respirar. 

Como se a vida inteira se transformasse em mar à nossa volta….e nos tornasse quietos por não sabermos mais para onde ir. 

Qual pedaço de céu que nos escondesse do mundo e nos contasse a verdade sobre os mistérios todos…. de todos os lugares que não sabemos ver.  

I reached the inverse hour of the rough symphonies of that lost evening of mine.

I reached the cold beach of all the screams yet to be versed, where the wind does not run but hesitates, back and forth, in a hiss of false light that lulls and torments me.

I reached the sour and bland limbo of each contentment, the presage of the dawn that I could not see, and that old spring with a bizarre scent of freshness and dust ... which is what life smells like in every fold of the “trying to be something in this world” .

I reached that singular margin of absurdity… and when I got there, I stopped. Like an asphyxiation that you have because you forgot how to breathe. As if our whole lives were turned into the sea around us… and made us quiet because we didn't know where else to go.

Like a piece of the sky that would hide us from the world and tell us the truth abou all the mysteries…. and about all the places we don't know how to see.